Título no Brasil: Desafiando o Assassino
Título Original: Mr. Majestyk
Ano de Produção: 1974
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Richard Fleischer
Roteiro: Elmore Leonard
Elenco: Charles Bronson, Linda Cristal, Al Lettieri
Sinopse:
Vince Majestyk (Bronson) é um modesto plantador de frutas que acaba virando alvo de um grupo de criminosos por desafiar as regras do sindicato local de trabalhadores rurais ao dar emprego para um grupo de mestiços. O que seus inimigos não sabem é que ele é na verdade um veterano da guerra do Vietnã, perito em armas de grosso calibre, pronto para enfrentar todos os que lhe querem prejudicar.
Comentários:
Mais uma fita de ação com Charles Bronson que na época fez muito sucesso nos cinemas populares, de bairro, que existiam em todo o Brasil. O roteiro é dos mais simples (o que não quer dizer que não seja muito eficiente). Como sempre Bronson interpreta um sujeito que só deseja levar sua vida em paz, cuidando de suas plantações. O problema é que resolvem mexer com ele. Aí não tem jeito, sobra chuva de balas para todos os lados. Usando do velho chavão "Mexeram com o cara errado", o antes pacato e pacífico personagem de Bronson vira um Rambo dos campos. Armado até os dentes passa fogo nos mafiosos que querem lhe explorar. O diretor Richard Fleischer parece ter um prazer sádico em explodir melancias com rajadas de poderosas metralhadoras. Em seu modo de ver, aquilo era "pura arte cinematográfica"! É curioso que Bronson, que até teve uma carreira bem diversificada nos primeiros anos de carreira, surgindo em praticamente todos os gêneros, tenha a partir dos anos 70 se especializado em filmes mais populares de pura ação. Isso ocorreu principalmente depois que os produtores descobriram que ele poderia se dar muito bem estrelando filmes desse tipo. A partir daí ele deixou de ser um coadjuvante eclético para se tornar um autêntico astro de ação dentro da indústria de cinema dos Estados Unidos. Levou até o fim de sua vida essa escolha. Assista e confira o que dá mexer com o fazendeiro errado.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 30 de outubro de 2024
quarta-feira, 23 de outubro de 2024
Punhos de Aço: Um Lutador de Rua
Título Original: Any Which Way You Can
Ano de Lançamento: 1980
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Buddy Van Horn
Roteiro: Stanford Sherman, Jeremy Joe Kronsberg
Elenco: Clint Eastwood; Sondra Locke, Geoffrey Lewis
Sinopse:
Nesse filme Clint Eastwood interpreta um cara durão, bom de briga, que ganha uma boa grana em lutas de rua, completamente ilegais. Então ele cai nas mãos de uma quadrilha de criminosos que raptam sua namorada. Caso não lute, eles vão matar ela. Então o jogo muda e vira uma questão de vida ou morte.
Comentários:
Eu tinha uma lembrança afetiva desse filme porque ele passava muito na Sessão da Tarde durante os anos 80. E na época, ainda bem jovem, me divertia muito assistindo. Então resolvi rever agora. Pois bem, alguns filmes envelhecem mal mesmo. É o caso aqui. O filme tem um tipo de humor que envelheceu. Quase beirando os Trapalhões, principalmente naquela gangue de motoqueiros nazistas que no fundo são verdadeiros palhaços. O Clint também abriu muito espaço para sua esposa na época. A Sondra Locke canta uma música country atrás da outra. OK, Clint, entendi o que você estava querendo fazer, mas chega uma hora que cansa. Ele queria levantar a carreira de cantora dela e para isso usava o cinema. Melhor ver o Fats Domino numa rápida cena onde ele canta uma canção no palco do bar. Tem também o macaco Clyde que gosta de defecar nos carros patrulhas da polícia. Rende bons momentos. E a cena final, uma longa briga de socos, hoje em dia já não convence. Então é isso. Achei bem bobinho pra falar a verdade. Alguns filmes merecem ficar no passado mesmo.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 17 de outubro de 2024
Acima de Qualquer Suspeita
Título no Brasil: Acima de Qualquer Suspeita
Título Original: Presumed Innocent
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Alan J. Pakula
Roteiro: Frank Pierson
Elenco: Harrison Ford, Raul Julia, Greta Scacchi
Sinopse:
Quando a assistente de promotoria Carolyn Polhemus (Greta Scacchi) é violentamente assassinada, o promotor Rusty Sabich (Harrison Ford) é designado para solucionar o caso. O problema é que Rusty tinha um caso extra-conjugal com ela e isso pode se tornar um enorme escândalo caso a imprensa venha a descobrir isso. Por essa razão Rusty começa a apagar os indícios que o ligam até Carolyn, algo que depois lhe causará inúmeros problemas.
Comentários:
Existe um filme com o mesmo nome lançado em 2009 com Michael Douglas. Obviamente não é sobre ele que estamos tratando aqui, mas sim esse bom thriller de suspense, estrelado por Harrison Ford, com roteiro baseado no best seller escrito pelo autor Scott Turow. De certa maneira esse enredo sempre me lembrou de "Sem Saída" um filme dos anos 80 com Kevin Costner onde ele tinha que liderar uma investigação em que ele acabava virando o principal suspeito. Harrison Ford aqui surge com um personagem semelhante, o que garante o interesse até o fim. Ele aliás ainda estava na crista da onda, no auge de sua popularidade, colecionando sucessos de bilheteria em série. Afinal de contas ele tinha acabado de atuar no blockbuster "Indiana Jones e a Última Cruzada", o que acabou garantindo uma bilheteria muito boa para esse filme que o sucedeu no circuito comercial. O veterano Alan J. Pakula já havia dirigido coisas bem melhores como as obras primas "Todos os Homens do Presidente" e "A Escolha de Sofia", mas mesmo assim mantém um bom nível. No saldo final é uma de suas obras menores, mas que ainda merece a indicação.
Pablo Aluísio.
Título Original: Presumed Innocent
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Alan J. Pakula
Roteiro: Frank Pierson
Elenco: Harrison Ford, Raul Julia, Greta Scacchi
Sinopse:
Quando a assistente de promotoria Carolyn Polhemus (Greta Scacchi) é violentamente assassinada, o promotor Rusty Sabich (Harrison Ford) é designado para solucionar o caso. O problema é que Rusty tinha um caso extra-conjugal com ela e isso pode se tornar um enorme escândalo caso a imprensa venha a descobrir isso. Por essa razão Rusty começa a apagar os indícios que o ligam até Carolyn, algo que depois lhe causará inúmeros problemas.
Comentários:
Existe um filme com o mesmo nome lançado em 2009 com Michael Douglas. Obviamente não é sobre ele que estamos tratando aqui, mas sim esse bom thriller de suspense, estrelado por Harrison Ford, com roteiro baseado no best seller escrito pelo autor Scott Turow. De certa maneira esse enredo sempre me lembrou de "Sem Saída" um filme dos anos 80 com Kevin Costner onde ele tinha que liderar uma investigação em que ele acabava virando o principal suspeito. Harrison Ford aqui surge com um personagem semelhante, o que garante o interesse até o fim. Ele aliás ainda estava na crista da onda, no auge de sua popularidade, colecionando sucessos de bilheteria em série. Afinal de contas ele tinha acabado de atuar no blockbuster "Indiana Jones e a Última Cruzada", o que acabou garantindo uma bilheteria muito boa para esse filme que o sucedeu no circuito comercial. O veterano Alan J. Pakula já havia dirigido coisas bem melhores como as obras primas "Todos os Homens do Presidente" e "A Escolha de Sofia", mas mesmo assim mantém um bom nível. No saldo final é uma de suas obras menores, mas que ainda merece a indicação.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 9 de outubro de 2024
Dia de Treinamento
Denzel Washington ten uma filmografia maravilhosa. Mesmos seus filmes considerados "menores" ainda assim são grandes filmes se formos comparar com as demais produções de Hollywood. Esse "Dia de Treinamento" nunca foi dos meus filmes preferidos com o ator. Sempre considerei um filme bem cru, seco, algumas vezes até cruel. O personagem de Denzel Washington também tem características repugnantes, o que para ele como ator deve ter sido um presente. Ele interpreta um policial chamado Alonzo. Não é um tira comum. Forjado nas ruas, vivendo numa tênue linha entre o mundo do crime e o mundo da lei, ele faz suas próprias regras. Agora imagine um cara como esse tendo um novato como parceiro. O sujeito que deseja ser todo certinho, seguindo o livro de regrinhas da Academia de polícia. Claro que o choque se torna inevitável.
Embora a estrutura do roteiro possa ser considerado clichê em termos de filmes policiais, com aquela velha coisa de dupla de tiras com personalidades diferentes, o diretor Antoine Fuqua pegou essa situação banal e transformou em um filme muito bom, que deixa o espectador sempre no interesse do que vai acontecer a seguir. O filme foi bem nas bilheterias, mas não tanto quanto se esperava. Conseguiu faturar praticamente o dobro de seu custo, chegando aos 100 milhões de dólares arrecadados. O curioso é que Denzel deixou um pouco os dramas mais artísticos para se arriscar em um filme para ser comercialmente bem sucedido. Ficou no meio do caminho. O filme porém lhe valeu o Oscar de Melhor Ator naquele ano, algo que como ele mesmo explicou algum tempo depois jamais esperaria acontecer. Afinal ele queria mesmo era fazer sucesso em um filme policial feito para as massas. Nem sempre se acerta no alvo, mas com Denzel uma coisa é certa, sempre vem algo bom pela frente.
Dia de Treinamento (Training Day, Estados Unidos, 2001) Direção: Antoine Fuqua / Roteiro: David Ayer / Elenco: Denzel Washington, Ethan Hawke, Scott Glenn / Sinopse: Alonzo (Denzel Washington) é um policial veterano que joga com suas próprias regras. Após trabalhar anos nas ruas, enfrentando a criminalidade na divisão de narcóticos, ele já não está muito certo sobre o que seria legal ou não. Quando um novo parceiro é designado para trabalhar ao seu lado, o novato Jake (Ethan Hawke), as coisas ficam ainda mais complicadas. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Ator (Denzel Washington). Também indicado ao Oscar na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (Ethan Hawke). Igualmente indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator (Denzel Washington).
Pablo Aluísio.
Embora a estrutura do roteiro possa ser considerado clichê em termos de filmes policiais, com aquela velha coisa de dupla de tiras com personalidades diferentes, o diretor Antoine Fuqua pegou essa situação banal e transformou em um filme muito bom, que deixa o espectador sempre no interesse do que vai acontecer a seguir. O filme foi bem nas bilheterias, mas não tanto quanto se esperava. Conseguiu faturar praticamente o dobro de seu custo, chegando aos 100 milhões de dólares arrecadados. O curioso é que Denzel deixou um pouco os dramas mais artísticos para se arriscar em um filme para ser comercialmente bem sucedido. Ficou no meio do caminho. O filme porém lhe valeu o Oscar de Melhor Ator naquele ano, algo que como ele mesmo explicou algum tempo depois jamais esperaria acontecer. Afinal ele queria mesmo era fazer sucesso em um filme policial feito para as massas. Nem sempre se acerta no alvo, mas com Denzel uma coisa é certa, sempre vem algo bom pela frente.
Dia de Treinamento (Training Day, Estados Unidos, 2001) Direção: Antoine Fuqua / Roteiro: David Ayer / Elenco: Denzel Washington, Ethan Hawke, Scott Glenn / Sinopse: Alonzo (Denzel Washington) é um policial veterano que joga com suas próprias regras. Após trabalhar anos nas ruas, enfrentando a criminalidade na divisão de narcóticos, ele já não está muito certo sobre o que seria legal ou não. Quando um novo parceiro é designado para trabalhar ao seu lado, o novato Jake (Ethan Hawke), as coisas ficam ainda mais complicadas. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Ator (Denzel Washington). Também indicado ao Oscar na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (Ethan Hawke). Igualmente indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator (Denzel Washington).
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 2 de outubro de 2024
Código de Conduta
O filme começa bem, mas é aquela coisa, logo desanda para consequências absurdas. Recapitulando a estória: Gerard Butler interpreta um pai de família feliz com a vida. É um jovem casal com uma filhinha adorável. O sonho se torna pesadelo quando assaltantes invadem sua casa. São dois psicóticos violentos. A esposa e a filha são brutalmente assassinadas. Butler fica inconsolável. Há um pulo no tempo. Quando reencontramos o pai desolado ele está sendo informado pelo promotor do caso, interpretado por Jamie Foxx, que vai ser feito um acordo entre a promotoria e os assassinos. Eles vão confessar o crime e em troca ficarão menos tempo na prisão. Clyde Shelton (Gerard Butler) fica indignado com isso. Afinal ele queria punição exemplar para os criminosos. Acontece que o promotor Nick Rice (Jamie Foxx) quer manter alto seu índice de condenações, mesmo que elas sejam obtidas através de acordos e artimanhas jurídicas. Para ele a justiça é o que menos importa.
Imediatamente Clyde resolve ele mesmo fazer justiça pelas próprias mãos. Dono de recursos impensáveis (nunca bem explicados pelo roteiro) ele começa a tocar o terror por toda a cidade, fazendo atos terroristas, matando juízes, advogados e promotores. O seu alvo passa obviamente a ser família de Rice (Jamie Foxx). Já que o promotor não parece disposto a fazer justiça, caberá a Clyde colocar em frente seu plano de vingança. Ok, temos aqui a velha fórmula da justiça pessoal, da vingança privada. Se o sistema não funciona, chega a hora de sujar as mãos. É uma velha premissa de muitos e muitos filmes de ação. O problema é que de repente o personagem Clyde de Gerard Butler se torna um sujeito com poderes dignos de um super-herói dos quadrinhos. Ele explode o que quer e quando quer. Mesmo quando está atrás das grades é capaz de colocar a cidade aos seus pés. O roteiro nunca dá, como eu escrevi, uma explicação convincente de como ele consegue fazer tudo isso. Com isso a trama acaba se tornando completamente inverossímil, o roteiro acaba estragando esse filme. Se o roteirista Kurt Wimmer tivesse sido mais convincente, penso que até que seria um filme interessante. Do jeito que ficou não dá mesmo para comprar a ideia absurda do que acontece na tela.
Código de Conduta (Law Abiding Citizen, Estados Unidos, 2009) Direção: F. Gary Gray / Roteiro: Kurt Wimmer / Elenco: Gerard Butler, Jamie Foxx, Leslie Bibb / Sinopse: Gerard Butler interpreta um pai de família que decide fazer justiça com as próprias mãos após perceber que os assassinos de sua esposa e sua filha ficarão impunes por causa do sistema judicial americano. Seu alvo passa a ser não apenas os criminosos, mas também o promotor do caso, em atuação de Jamie Foxx, que acabou escolhendo o caminho mais fácil, a do acordo judicial, do que a do julgamento dos assassinos.
Pablo Aluísio.
Imediatamente Clyde resolve ele mesmo fazer justiça pelas próprias mãos. Dono de recursos impensáveis (nunca bem explicados pelo roteiro) ele começa a tocar o terror por toda a cidade, fazendo atos terroristas, matando juízes, advogados e promotores. O seu alvo passa obviamente a ser família de Rice (Jamie Foxx). Já que o promotor não parece disposto a fazer justiça, caberá a Clyde colocar em frente seu plano de vingança. Ok, temos aqui a velha fórmula da justiça pessoal, da vingança privada. Se o sistema não funciona, chega a hora de sujar as mãos. É uma velha premissa de muitos e muitos filmes de ação. O problema é que de repente o personagem Clyde de Gerard Butler se torna um sujeito com poderes dignos de um super-herói dos quadrinhos. Ele explode o que quer e quando quer. Mesmo quando está atrás das grades é capaz de colocar a cidade aos seus pés. O roteiro nunca dá, como eu escrevi, uma explicação convincente de como ele consegue fazer tudo isso. Com isso a trama acaba se tornando completamente inverossímil, o roteiro acaba estragando esse filme. Se o roteirista Kurt Wimmer tivesse sido mais convincente, penso que até que seria um filme interessante. Do jeito que ficou não dá mesmo para comprar a ideia absurda do que acontece na tela.
Código de Conduta (Law Abiding Citizen, Estados Unidos, 2009) Direção: F. Gary Gray / Roteiro: Kurt Wimmer / Elenco: Gerard Butler, Jamie Foxx, Leslie Bibb / Sinopse: Gerard Butler interpreta um pai de família que decide fazer justiça com as próprias mãos após perceber que os assassinos de sua esposa e sua filha ficarão impunes por causa do sistema judicial americano. Seu alvo passa a ser não apenas os criminosos, mas também o promotor do caso, em atuação de Jamie Foxx, que acabou escolhendo o caminho mais fácil, a do acordo judicial, do que a do julgamento dos assassinos.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 25 de setembro de 2024
Hércules
Título no Brasil: Hércules
Título Original: Hercules
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures, Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Brett Ratner
Roteiro: Ryan Condal, Evan Spiliotopoulos
Elenco: Dwayne Johnson, John Hurt, Ian McShane
Sinopse:
Depois de ser acusado de ter matado a própria família e ser banido de seu lar, Hércules (Dwayne Johnson) forma uma equipe de guerreiros e se torna um mercenário. Contratado por um velho monarca (John Hurt) que se diz cercado por forças poderosas do mal, ele começa a destruir os inimigos do rei. O problema é que ao que tudo indica ele está na verdade lutando pelo lado errado nessa guerra sangrenta. Filme indicado ao Teen Choice Awards nas categorias de Melhor Filme de Verão e Melhor Ator de Filmes de Verão (Dwayne Johnson).
Comentários:
Tentativa de tornar o personagem épico e mitológico Hércules novamente viável no cinema. Por anos e anos ele foi explorado em filmes de baixo orçamento na Itália, sendo que a má qualidade daquelas produções acabaram queimando o prestígio do herói da Grécia Antiga. A verdade é que a marca "Hércules" acabou virando sinônimo de filmes vagabundos e mal feitos. Aqui há uma clara tentativa de tentar unir um tom mais realista (seguindo os passos de certa forma da franquia do Batman no cinema) sem deixar completamente de lado a fantasia e o clima de fábula. The Rock se sai bem em um papel que definitivamente não exige muito de seu intérprete, a não ser ter muitos músculos e um pouco de carisma - que cai bem em qualquer situação. Outro ponto importante é que as cenas de efeitos digitais são bem colocadas e bem realizadas, demonstrando também uma certa influência da franquia do "Senhor dos Anéis", afinal cenas de batalhas entre dois exércitos geralmente estão seguindo os passos dos filmes assinados por Peter Jackson, não tem jeito. No saldo geral é uma aventura divertida e que não aborrece e nem enche a paciência. Basta embarcar na ideia central de seus realizadores. É cinema pipoca, porém eficiente.
Pablo Aluísio.
Título Original: Hercules
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures, Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Brett Ratner
Roteiro: Ryan Condal, Evan Spiliotopoulos
Elenco: Dwayne Johnson, John Hurt, Ian McShane
Sinopse:
Depois de ser acusado de ter matado a própria família e ser banido de seu lar, Hércules (Dwayne Johnson) forma uma equipe de guerreiros e se torna um mercenário. Contratado por um velho monarca (John Hurt) que se diz cercado por forças poderosas do mal, ele começa a destruir os inimigos do rei. O problema é que ao que tudo indica ele está na verdade lutando pelo lado errado nessa guerra sangrenta. Filme indicado ao Teen Choice Awards nas categorias de Melhor Filme de Verão e Melhor Ator de Filmes de Verão (Dwayne Johnson).
Comentários:
Tentativa de tornar o personagem épico e mitológico Hércules novamente viável no cinema. Por anos e anos ele foi explorado em filmes de baixo orçamento na Itália, sendo que a má qualidade daquelas produções acabaram queimando o prestígio do herói da Grécia Antiga. A verdade é que a marca "Hércules" acabou virando sinônimo de filmes vagabundos e mal feitos. Aqui há uma clara tentativa de tentar unir um tom mais realista (seguindo os passos de certa forma da franquia do Batman no cinema) sem deixar completamente de lado a fantasia e o clima de fábula. The Rock se sai bem em um papel que definitivamente não exige muito de seu intérprete, a não ser ter muitos músculos e um pouco de carisma - que cai bem em qualquer situação. Outro ponto importante é que as cenas de efeitos digitais são bem colocadas e bem realizadas, demonstrando também uma certa influência da franquia do "Senhor dos Anéis", afinal cenas de batalhas entre dois exércitos geralmente estão seguindo os passos dos filmes assinados por Peter Jackson, não tem jeito. No saldo geral é uma aventura divertida e que não aborrece e nem enche a paciência. Basta embarcar na ideia central de seus realizadores. É cinema pipoca, porém eficiente.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 18 de setembro de 2024
Adrenalina
Esse foi o filme que transformou definitivamente Jason Statham em um astro dos filmes de ação e violência. O enredo alucinado, as tomadas de cenas histéricas e a aceleração exponencial do enredo acabaram caindo em cheio no gosto do público que estava atrás de algo diferente dos antigos action movies que, repetindo a velha e surrada fórmula dos filmes de ação dos anos 80, precisava mesmo de uma chacoalhada para se renovar. O fato é que sempre existiu e sempre existirá público para produções focadas em muita pancadaria mas de tempos em tempos deve-se arriscar mais, procurando por algum tipo de inovação para que a fórmula não se esgote de vez. Foi justamente isso que essa dupla de diretores buscou ao realizar esse "Adrenalina" que como o próprio nome sugere é de fato uma viagem sem freios na enroscada estória do personagem principal.
Nesse filme Jason Statham interpreta Chev Chelios, mais um assassino profissional (um tipo de papel que lhe caiu muito bem). Obviamente por realizar esse tipo de serviço ele acaba ganhando vários inimigos ao longo da vida e um deles arma uma armadilha ao mesmo tempo fatal e inteligente para ele. Um tipo de mecanismo químico é implantado no organismo de Chev. Sua taxa de adrenalina se torna o estopim de uma substância tóxica que poderá matá-lo caso ela abaixe demais. Assim para sobreviver ele tem que se envolver em situações cada vez mais perigosas pois agindo assim sua taxa de adrenalina ficará alta, o mantendo vivo. Sentiu o drama? Imagine um herói de ação precisando de mais e mais adrenalina, o tempo todo e para isso ele de fato não mede esforços se envolvendo em todo tipo de situação extrema para sobreviver. O ritmo nem preciso dizer é alucinante. A primeira vez que se assiste "Adrenalina" se estranha um pouco seu histerismo sem controle mas depois que se embarca na proposta do filme é só diversão. Se restava alguma dúvida de que o carequinha Jason Statham era de fato o herdeiro dos brutamontes dos anos 80 esse filme veio para esclarecer tudo. Se você gosta de produções nesse estilo então não deixe de conferir.
Adrenalina (Crank, Estados Unidos, 2006) Direção: Mark Neveldine, Brian Taylor / Roteiro: Mark Neveldine, Brian Taylor / Elenco: Jason Statham, Amy Smart, Carlos Sanz / Sinopse: Assassino profissional (Statham) tem que se envolver em muitas situações perigosas para manter sempre sua adrenalina alta, caso contrário morrerá com uma toxina implantada em seu organismo. Em busca de uma solução para sua terrível situação ele decide partir para o acerto de contas definitivo com aqueles que o colocaram nessa armadilha.
Pablo Aluísio.
Nesse filme Jason Statham interpreta Chev Chelios, mais um assassino profissional (um tipo de papel que lhe caiu muito bem). Obviamente por realizar esse tipo de serviço ele acaba ganhando vários inimigos ao longo da vida e um deles arma uma armadilha ao mesmo tempo fatal e inteligente para ele. Um tipo de mecanismo químico é implantado no organismo de Chev. Sua taxa de adrenalina se torna o estopim de uma substância tóxica que poderá matá-lo caso ela abaixe demais. Assim para sobreviver ele tem que se envolver em situações cada vez mais perigosas pois agindo assim sua taxa de adrenalina ficará alta, o mantendo vivo. Sentiu o drama? Imagine um herói de ação precisando de mais e mais adrenalina, o tempo todo e para isso ele de fato não mede esforços se envolvendo em todo tipo de situação extrema para sobreviver. O ritmo nem preciso dizer é alucinante. A primeira vez que se assiste "Adrenalina" se estranha um pouco seu histerismo sem controle mas depois que se embarca na proposta do filme é só diversão. Se restava alguma dúvida de que o carequinha Jason Statham era de fato o herdeiro dos brutamontes dos anos 80 esse filme veio para esclarecer tudo. Se você gosta de produções nesse estilo então não deixe de conferir.
Adrenalina (Crank, Estados Unidos, 2006) Direção: Mark Neveldine, Brian Taylor / Roteiro: Mark Neveldine, Brian Taylor / Elenco: Jason Statham, Amy Smart, Carlos Sanz / Sinopse: Assassino profissional (Statham) tem que se envolver em muitas situações perigosas para manter sempre sua adrenalina alta, caso contrário morrerá com uma toxina implantada em seu organismo. Em busca de uma solução para sua terrível situação ele decide partir para o acerto de contas definitivo com aqueles que o colocaram nessa armadilha.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 10 de setembro de 2024
Busca Implacável 3
Título no Brasil: Busca Implacável 3
Título Original: Taken 3
Ano de Produção: 2014
País: França, Estados Unidos
Estúdio: Canal+, Ciné+, EuropaCorp
Direção: Olivier Megaton
Roteiro: Luc Besson, Robert Mark Kamen
Elenco: Liam Neeson, Forest Whitaker, Maggie Grace, Dougray Scott
Sinopse:
Bryan Mills (Liam Neeson) é acusado injustamente de matar sua ex-esposa. Tentando sobreviver a um duro cerco policial ele parte em busca da identidade do verdadeiro criminoso. Suas investigações apontam para o atual marido de sua ex, o pouco confiável Stuart St John (Dougray Scott), sem desprezar também as pistas que parecem ligar a máfia russa liderada pelo gangster Oleg Malankov (Sam Spruell) ao brutal assassinato. O que afinal estaria por trás desse crime?
Comentários:
Luc Besson continua colocando seus ratinhos de laborátorio para dirigir seus roteiros de ação. A bola da vez é do francês Olivier Megaton que já havia dirigido o filme anterior (Taken 2). Em minha opinião essa franquia nunca foi grande coisa. Os roteiros são derivativos, sem maiores novidades. A única diferença aqui é que dessa vez Mills se torna a caça, a presa, ao invés de ser o caçador. A polícia está em seu encalço e tudo parece mesmo confirmar que ele assassinou sua ex-esposa. Sua filha, que foi tão importante nas tramas dos filmes anteriores, cresceu e agora leva sua própria vida. Ela está grávida e curtindo os primeiros anos de casamento quando a morte de sua mãe joga tudo pelos ares. Como "Taken 3" é um filme de ação stricto sensu os fãs certamente não querem perder tempo com dramas familiares. Em termos de cenas de impacto há algumas extremamente bem realizadas, como as costumeiras perseguições nas rodovias de Los Angeles e uma excelente sequência final no aeroporto de Santa Monica onde Mills precisa evitar que um jatinho decole! Tudo muito bem feito. A presença do sempre talentoso Forest Whitaker como o policial Franck Dotzler também ajuda bastante, muito embora ele não seja tão bem aproveitado quanto poderia ser. No final é uma boa fita, diverte e tudo mais, só não espere por surpresas pois "Taken 3" é mais do mesmo do que você já está acostumado a assistir.
Pablo Aluísio.
Título Original: Taken 3
Ano de Produção: 2014
País: França, Estados Unidos
Estúdio: Canal+, Ciné+, EuropaCorp
Direção: Olivier Megaton
Roteiro: Luc Besson, Robert Mark Kamen
Elenco: Liam Neeson, Forest Whitaker, Maggie Grace, Dougray Scott
Sinopse:
Bryan Mills (Liam Neeson) é acusado injustamente de matar sua ex-esposa. Tentando sobreviver a um duro cerco policial ele parte em busca da identidade do verdadeiro criminoso. Suas investigações apontam para o atual marido de sua ex, o pouco confiável Stuart St John (Dougray Scott), sem desprezar também as pistas que parecem ligar a máfia russa liderada pelo gangster Oleg Malankov (Sam Spruell) ao brutal assassinato. O que afinal estaria por trás desse crime?
Comentários:
Luc Besson continua colocando seus ratinhos de laborátorio para dirigir seus roteiros de ação. A bola da vez é do francês Olivier Megaton que já havia dirigido o filme anterior (Taken 2). Em minha opinião essa franquia nunca foi grande coisa. Os roteiros são derivativos, sem maiores novidades. A única diferença aqui é que dessa vez Mills se torna a caça, a presa, ao invés de ser o caçador. A polícia está em seu encalço e tudo parece mesmo confirmar que ele assassinou sua ex-esposa. Sua filha, que foi tão importante nas tramas dos filmes anteriores, cresceu e agora leva sua própria vida. Ela está grávida e curtindo os primeiros anos de casamento quando a morte de sua mãe joga tudo pelos ares. Como "Taken 3" é um filme de ação stricto sensu os fãs certamente não querem perder tempo com dramas familiares. Em termos de cenas de impacto há algumas extremamente bem realizadas, como as costumeiras perseguições nas rodovias de Los Angeles e uma excelente sequência final no aeroporto de Santa Monica onde Mills precisa evitar que um jatinho decole! Tudo muito bem feito. A presença do sempre talentoso Forest Whitaker como o policial Franck Dotzler também ajuda bastante, muito embora ele não seja tão bem aproveitado quanto poderia ser. No final é uma boa fita, diverte e tudo mais, só não espere por surpresas pois "Taken 3" é mais do mesmo do que você já está acostumado a assistir.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 5 de setembro de 2024
Minority Report - A Nova Lei
Philip K. Dick foi um escritor genial. Ele conseguia criar os universos mais estranhos, provavelmente porque vivia viajando em fartas doses de LSD. Aqui Dick mostra um futuro onde a polícia agiria antes dos crimes ocorrerem. O quadro perfeito. Antes do assassino matar sua vítima os tiras chegavam no lugar e o levavam para a prisão. A vítima, com sua vida poupada, seguia então em frente com sua vida. Sem danos na sociedade. Em cima dessa ideia original o diretor Steven Spielberg chamou o astro Tom Cruise para levar para as telas as ideias inovadoras de Dick. O resultado ficou muito bom, com excelentes efeitos especiais. A direção de arte é um dos grandes destaques e a presença de grandes atores como Max von Sydow no elenco de apoio completam o quadro.
Agora é curioso que fiquei também com a sensação de que o filme poderia ser bem melhor. Assisti a essa ficção no cinema na época, com tudo o que de melhor havia em termos de tecnologia. Lá estava o Dolby Stereo e a projeção impecável para curtir todos os efeitos especiais, porém fiquei com a sensação de que era um filme que tinha tudo para ser uma obra prima, mas que não foi. Um filme que não cumpriu tudo o que prometia. E de fato é bem isso mesmo. Spielberg criou todo um mundo do futuro e tirou o máximo que podia em termos de originalidade do conto de Dick. A questão porém é que Spielberg não é Kubrick. Ele optou por fazer um filme mais convencional, popular, ao invés de Kubrick que certamente iria por outro caminho, tentando algo mais intelectual. O resultado assim é menos do que poderia ser. Cruise se esforça, dá tudo, mas seus cacoetes de interpretação também soam saturados. É bom conhecer, mas não espere por nada genial.
Minority Report - A Nova Lei (Minority Report, Estados Unidos, 2002) Estúdio: Twentieth Century Fox, DreamWorks SKG / Direção: Steven Spielberg / Roteiro: Scott Frank, baseado na obra de Philip K. Dick / Elenco: Tom Cruise, Max von Sydow, Steve Harris, Neal McDonough, Colin Farrell / Sinopse: No futuro, em 2054, um policial chamado John Anderton (Tom Cruise) é acusado de ter cometer um crime, antes mesmo que possa colocar adiante seus atos criminosos. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Edição de Som.
Pablo Aluísio.
Agora é curioso que fiquei também com a sensação de que o filme poderia ser bem melhor. Assisti a essa ficção no cinema na época, com tudo o que de melhor havia em termos de tecnologia. Lá estava o Dolby Stereo e a projeção impecável para curtir todos os efeitos especiais, porém fiquei com a sensação de que era um filme que tinha tudo para ser uma obra prima, mas que não foi. Um filme que não cumpriu tudo o que prometia. E de fato é bem isso mesmo. Spielberg criou todo um mundo do futuro e tirou o máximo que podia em termos de originalidade do conto de Dick. A questão porém é que Spielberg não é Kubrick. Ele optou por fazer um filme mais convencional, popular, ao invés de Kubrick que certamente iria por outro caminho, tentando algo mais intelectual. O resultado assim é menos do que poderia ser. Cruise se esforça, dá tudo, mas seus cacoetes de interpretação também soam saturados. É bom conhecer, mas não espere por nada genial.
Minority Report - A Nova Lei (Minority Report, Estados Unidos, 2002) Estúdio: Twentieth Century Fox, DreamWorks SKG / Direção: Steven Spielberg / Roteiro: Scott Frank, baseado na obra de Philip K. Dick / Elenco: Tom Cruise, Max von Sydow, Steve Harris, Neal McDonough, Colin Farrell / Sinopse: No futuro, em 2054, um policial chamado John Anderton (Tom Cruise) é acusado de ter cometer um crime, antes mesmo que possa colocar adiante seus atos criminosos. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Edição de Som.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 4 de setembro de 2024
Twisters
Quem tem uma certa idade bem se lembra de Twister, o primeiro filme lançado lá nos anos 90. Pois é, agora temos um novo filme que é ao mesmo tempo uma espécie de continuação misturada com remake. Isso porque não há maiores diferenças de roteiro entre os dois filmes. De bom mesmo apenas os efeitos especiais modernos para transformar os furacões em algo mais emocionante a se ver nas telas.
Esse novo filme foi dirigido por Lee Isaac Chung, cineasta pouco conhecido dos cinéfilos, mas que se destacou no Streaming dirigindo episódios da série Star Wars de grande sucesso, O Mandaloriano. E ele tem correspondido do ponto de vista comercial uma vez que esse novo filme já arrecadou algo em torno de 360 milhões de dólares ao redor do mundo. Um número expressivo nos tempos atuais, transformando o novo filme em um inegável sucesso comercial. Agora é assistir ao filme no cinema para ver se é realmente bom!
Twisters
Em Cartaz nos Cinemas
Direção: Lee Isaac Chung
Elenco: Daisy Edgar-Jones, Glen Powell, Anthony Ramos
Estúdio: Universal Pictures.
Pablo Aluísio.
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