sábado, 11 de maio de 2024

Alta Tensão

Título no Brasil: Alta Tensão
Título Original: Bird on a Wire
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: John Badham
Roteiro: Louis Venosta, Eric Lerner
Elenco: Mel Gibson, Goldie Hawn, David Carradine, Bill Duke

Sinopse:
Rick Jarmin (Mel Gibson) entra no Programa de proteção de testemunhas do FBI após testemunhar contra um poderoso chefão do narcotráfico, Eugene Sorenson (David Carradine). Quinze anos depois ele acaba encontrando por mero acaso com sua antiga noiva, Marianne Graves (Goldie Hawn), em um posto de gasolina. Ela pensara durante todos esses anos que ele tinha morrido em um acidente de avião. O reencontro acaba virando a vida de Rick de ponta cabeça, já que os criminosos só querem mesmo a chance de encontrá-lo novamente para um acerto de contas.

Comentários:
Uma divertida bobagem que uniu o astro dos filmes de ação Mel Gibson com a comediante gracinha Goldie Hawn! A fórmula parecia atrativa para a Universal e assim o filme foi realizado, meio a toque de caixa, com orçamento enxuto, logo após o grande sucesso de Gibson, "Máquina Mortífera II". O fato é que estúdio tinha faturado bem com a mesma Goldie Hawn em filmes que investiam em comédia e ação. Na maioria deles ela havia estrelado ao lado do maridão Kurt Russell. Ele era um ator até bem popular na década de 1980, mas não poderia ser comparado ao furacão Mel Gibson nas bilheterias. Assim o roteiro que foi inicialmente escrito para ser estrelado pelo casal acabou sendo oferecido a Gibson. A produção seria lançada após o verão americano, considerado o mais concorrido e comercial da temporada, só para manter o nome do ator em voga, enquanto ele não surgia em outro blockbuster. O resultado acabou sendo melhor do que o esperado. O filme que custou meros vinte milhões de dólares ultrapassou os 100 milhões em bilheteria em poucas semanas, comprovando que Mel Gibson vivia de fato a época de ouro de sua carreira cinematográfica. Como convém naquela época o roteiro mesclava explosões e cenas de ação com piadinhas engraçadinhas. Revisto hoje em dia a coisa toda ficou bem datada, mas não deixa de ainda divertir, principalmente para os saudosistas daqueles tempos passados.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 8 de maio de 2024

Vida Bandida

Título no Brasil: Vida Bandida
Título Original: Bandits
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Barry Levinson
Roteiro: Harley Peyton
Elenco: Bruce Willis, Billy Bob Thornton, Cate Blanchett, January Jones, Troy Garity
  
Sinopse:
Joe (Bruce Willis) e Terry (Billy Bob Thornton) são dois condenados que fogem da prisão. De volta às ruas eles começam a usar um novo método para roubar bancos, invadindo as casas dos gerentes na noite anterior ao roubo, fazendo suas famílias de reféns. Em pouco tempo o novo jeito se revela ser muito bem sucedido e eles começam a ganhar todas as manchetes. Em um desses roubos acabam esbarrando em Kate (Cate Blanchett), uma jovem mulher que está entediada com sua vida, sempre em busca de emoções. Em pouco tempo ela então se junta à dupla de ladrões. Ambos ficam apaixonados por ela, enquanto a política os persegue, pensando que Kate é uma refém do bando.

Comentários:
Muito fraco. O elenco é inegavelmente bom. Bruce Willis, em um estilo mais bem humorado e menos brutamontes. Billy Bob Thornton, sempre um ator interessante, geralmente interpretando o caipira malvado e sem misericórdia e finalmente a maravilhosa Cate Blanchett, uma das atrizes mais talentosas de sua geração, aqui em um papel que sinceramente não lhe faz jus. Até a bela January Jones está no elenco. Não está ligando o nome à pessoa? Ora, Jones é a Betty Francis Draper de "Mad Men", aquele tipo de mulher belíssima que se afunda em um casamento suburbano, cheia de filhos e pouco glamour. Aqui ela ainda estava bem jovem - e mais bonita do que nunca!. Pois é, mesmo com esse excelente elenco, com um diretor respeitado como Barry Levinson, pouca coisa funciona. O filme foi relativamente bem recebido pela crítica, mas o público não comprou muito bem a ideia. No geral, não há como negar, o filme é uma negação, uma decepção. Leva três estrelas com muita, mas muita boa vontade mesmo. Na realidade não levaria nem duas... Enfim, é tipicamente aquele tipo de película ruim que nem o bom elenco consegue salvar.

Pablo Aluísio.

sábado, 4 de maio de 2024

O Predador

Título no Brasil: O Predador
Título Original: Predator
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: John McTiernan
Roteiro: Jim Thomas, John Thomas
Elenco: Arnold Schwarzenegger, Carl Weathers, Kevin Peter Hall
  
Sinopse:
Grupo de militares americanos liderados pelo Coronel Dutch (Arnold Schwarzenegger) chegam para uma missão numa floresta tropical da América Central. Aos poucos eles vão percebendo que algo completamente sinistro e misterioso se esconde entre a mata fechada da região. Depois de um breve encontro todos tomam ciência da existência de um ser que não parece ser desse mundo. Pior do que isso, a estranha criatura parece caçar cada um dos membros da expedição, usando seus restos mortais como troféus em sua caçada mortal. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais (Stan Winston).

Comentários:
No auge dos filmes estrelados por brucutus violentos dos anos 80 surgiu essa ótima aventura na selva que misturava ação, violência e ficção. O protagonista nem era o famoso Arnold Schwarzenegger que ganhou uma pequena fortuna para estrelar o filme, mas sim um ser vindo do espaço, literalmente um predador de homens, de seres humanos. Agora imagine colocar esse alienígena caçador ao lado de um grupo de mercenários fortemente armados, bem no meio de uma selva tropical. Realmente algo promissor para quem adora esse tipo de filme. E de fato "Predator" foi um marco, não apenas em termos de bilheteria (o filme fez muito sucesso em seu lançamento) como também no resgate de um tipo de diversão que andava esquecida desde os anos 50, com seus extraterrestres malvados, que usavam sua tecnologia de ponta para subjugar os terráqueos. Rever o filme hoje em dia dá grande nostalgia, não apenas de ver um filme como esse, com a cara dos 80´s, como também da constatação de que John McTiernan já foi um diretor dos mais brilhantes que o cinema de ação americano já produziu. Enfim, ótima diversão, para ver e rever quantas vezes você quiser. O primeiro de uma franquia que daria muito ainda o que falar.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 1 de maio de 2024

Stallone: Cobra

Na década de 80 o ator Sylvester Stallone estava na crista da onda, colecionando sucessos em Hollywood. Ele tinha conseguido emplacar duas séries de bilheteria: Rocky e Rambo e era o astro mais bem pago da indústria cinematográfica. Depois de mais um êxito comercial, "Rocky IV" onde enfrentava uma máquina de lutar soviética (o grande inimigo dos americanos na época da guerra fria), o próprio Stallone escreveu o roteiro de um novo personagem, um filme policial e violento com toques de "Dirty Harry", o ícone durão que havia sido interpretado por Clint Eastwood numa série de filmes de sucesso entre as décadas de 70 e 80. Aquela fórmula parecia ser uma ótima ideia para Stallone escrever seu novo roteiro e assim ele o fez. O personagem de Stallone era um tenente ítalo americano da polícia chamado Marion 'Cobra' Cobretti. É curioso que a marca registrada dele tenha sido a violência insana. Na época Stallone estava sendo acusado de estrelar filmes muito violentos, sem roteiros convincentes e sem conteúdos relevantes. Por essa razão não é de se admirar que ele tenha escrito um personagem que representava justamente isso, um tira violento que não estava nem aí para os direitos humanos dos bandidos que encontrava pela frente. Sim, era uma "releitura" de Dirty Harry, isso era inegável, mas Stallone soube também colocar elementos novos.

Era óbvio desde seu lançamento que "Stallone Cobra" não primava por um bom roteiro. A trama era das mais simples. Na verdade Stallone caprichou mesmo na criação de cenas bem marcantes, principalmente de ação. Ele não estava interessado em criar um grande perfil psicológico de seu tira, mas sim rechear a produção de muitas cenas violentas, como a do mercadinho e a cena final, que na época de lançamento do filme trouxe problemas, principalmente no Brasil onde o filme acabou ganhando uma classificação absurda de 18 anos, algo que só era usado em filmes pornográficos. A molecada fã do ator reclamou e muito. O jeito foi a distribuidora nacional criar cortes, o que era outro descalabro. Para ganhar uma classificação de 16 anos o filme foi todo picotado, chegando assim ao grande público. Quem lembra do Paulo Brossard, ministro, comprando briga com a produtora do filme? Tempos absurdos aqueles. De uma forma ou outra "Stallone Cobra" fez grande sucesso, mas Stallone deixou o personagem de lado, isso quando todos esperavam por uma continuação tal como havia acontecido com "Rocky" e "Rambo". Pior do que isso em uma entrevista há alguns anos o próprio ator deixou claro que esse "Stallone Cobra" era um filme que não havia lhe agradado muito, apesar de ser sua criação. Pelo visto o policial violento de Stallone nunca mais retornará para as telas.

Stallone Cobra (Cobra, Estados Unidos, 1986) Direção: George P. Cosmatos / Roteiro: Sylvester Stallone baseado na novela de Paula Gosling / Elenco: Sylvester Stallone, Brigitte Nielsen, Reni Santoni / Sinopse: Marion 'Cobra' Cobretti (Sylvester Stallone) é um tira de métodos poucos usuais que não perdoa bandidos e meliantes em geral.  

Pablo Aluísio.