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quarta-feira, 6 de setembro de 2023

Guerreiros de Fogo

Quando os primeiros cartazes de “Guerreiros de Fogo” surgiram nos cinemas brasileiros muita gente pensou tratar-se de mais uma aventura com Conan, o famoso personagem dos quadrinhos. Não era para menos. O filme era estrelado pela montanha de músculos Arnold Schwarzenegger, o mesmo que havia encarnado o guerreiro em uma outra produção do mesmo estúdio Dino de Laurentis que também havia realizado essa película. Além disso o pôster oficial com o ator em  uma pose típica lembrava demais o personagem bárbaro. Mas não era Conan e sim Kalidor que Schwarzenegger interpretava. De fato nem era o principal papel do filme. Na verdade “Guerreiros de Fogo” tinha como foco contar a estória de Red Sonja, uma guerreira do mesmo universo de Conan, também criada pelo autor Robert E. Howard. A protagonista era interpretada pelo loiraça Brigitte Nielsen que se tornaria a esposa de Sylvester Stallone. É curioso assistir a esse filme e perceber que Arnold não passa na verdade de um coadjuvante de luxo. Ele já tinha estourado com “O Exterminador do Futuro” e esse papel secundário só foi aceito porque ele tinha uma dívida de gratidão com Dino de Laurentis, que o havia escalado no primeiro Conan, abrindo as portas do cinema para o austríaco musculoso.

Revisto hoje em dia “Guerreiros de Fogo” soa bem datado. Não é surpresa. O filme teve um orçamento bem mais modesto do que Conan, por exemplo, e tinha um roteiro frouxo, sem foco. Arnold Schwarzenegger apenas passeia de lá pra cá, solta algumas porradas e não parece estar muito interessado. Pior se sai Brigitte Nielsen que provava com o filme que não tinha carisma suficiente para virar uma estrela. De fato era uma mulher impressionante, alta, bonita, com belo físico, mas como atriz era realmente uma nulidade. Sua carreira no cinema sofreria um golpe mortal quando resolveu trair Stallone com a secretária. Na época não se sabia que ela tinha tendências bissexuais mas o fato é que a mãe de Stallone, ao visitar a mansão do filho de surpresa, a pegou no flagra transando com a secretária particular do ator. A reação de Sly foi o pedido imediato do divórcio e a demissão de sua empregada (óbvio). A partir daí Brigitte cairia em um grande ostracismo. A dinamarquesa que teve seu primeiro papel aqui logo afundou, estrelando uma coleção incrível de filmes sem expressão, medíocres. No saldo final “Guerreiros de Fogo” deve ser assistido pelos fãs de Arnold Schwarzenegger e nada mais. Não é uma grande aventura de ação e nem uma bela adaptação dos quadrinhos que lhe deram origem. Vale apenas como curiosidade de ver o astro austríaco fazendo um genérico de Conan, o Bárbaro.

Guerreiros de Fogo (Red Sonja, Estados Unidos, 1985) Direção: Richard Fleischer / Roteiro: Clive Exton baseado na obra de Robert E. Howard / Elenco: Arnold Schwarzenegger, Brigitte Nielsen, Sandahl Bergman / Sinopse: A guerreira Red Sonja (Brigitte Nielsen) parte para a vingança contra uma rainha maléfica que destruiu sua família. Filme baseado em personagens do mesmo universo que Conan, o cimério de bronze.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 7 de julho de 2023

Conan - O Destruidor

Conan (Arnold Schwarzenegger) faz um pacto com a rainha Taramis (Sarah Douglas): ele ajudará a recuperar um artefato mítico que trará de volta uma antiga divindade à vida e em troca a rainha ressuscitará sua antiga amada, Valéria, morta por inimigos no primeiro filme da saga. Em uma jornada de muitos perigos, feitiços e lutas, Conan se une à guerreira Zula (Grace Jones), ao mago Akiro (Mako) e ao ladrão Malak (Tracey Walter) para escoltar a princesa virgem na busca do chifre que ressuscitará o terrível Deus Dagoth. "Conan, o Destruidor" é a sequência do grande sucesso "Conan, o Bárbaro". O roteiro aqui é mais fantasioso do que no filme original. Conan recebe uma visão mais aventuresca, menos épica, com ênfase nas lutas contra monstros e seres mágicos. Não há a preocupação de se fazer um filme mais sério e adulto como vimos na produção anterior. Aqui o tom é bem mais juvenil, procurando obviamente alcançar um maior público, principalmente de jovens leitores das aventuras do famoso bárbaro. Isso porém não significa que o filme seja ruim, pelo contrário, ainda hoje funciona muito bem como aventura escapista.

Novamente na pele do guerreiro temos Arnold Schwarzenegger. Ele parece mais à vontade e mais maduro do que no filme anterior. Para quem gosta de halterofilismo indico a produção pois Arnold surge no auge de sua forma física. Provavelmente seja o filme em que esteja mais definido. A produção conta com bons e bem feitos cenários, uma trilha sonora evocativa e o mais curioso: seus efeitos não envelheceram tanto assim. Obviamente que não podemos comparar efeitos analógicos como os que vemos aqui com a tecnologia digital dos dias atuais mas temos que admitir que tudo funciona a contento nesse quesito. São várias as técnicas usadas no filme, sendo as principais o uso de Animação (com o ser alado que leva a princesa para a ilha) e de Animatronics (no Deus Dagoth). A direção foi entregue ao veterano Richard Fleischer com grande experiência em cinema de fantasia. O resultado revisto agora ainda soa satisfatório mostrando a superioridade desses dois primeiros filmes feitos com o personagem Conan e diga-se de passagem bem melhores do que seu recente, desastroso e medíocre remake lançado há pouco tempo.

Conan, O Destruidor (Conan The Destroyer, Estados Unidos, 1984) Direção: Richard Fleischer / Roteiro: Roy Thomas baseado no personagem criado por Robert E. Howard / Elenco: Arnold Schwarzenegger, Grace Jones, Olivia D´Abo, Mako, Tracey Walter, Will Chamberlain, Sarah Douglas / Sinopse: Conan (Arnold Schwarzenegger) faz um pacto com a rainha Taramis (Sarah Douglas): ele ajudará a recuperar um artefato mítico que trará de volta uma antiga divindade à vida e em troca a rainha ressuscitará sua antiga amada, Valéria, morta por inimigos no primeiro filme da saga. Em uma jornada de muitos perigos, feitiços e lutas, Conan se une à guerreira Zula (Grace Jones), ao mago Akiro (Mako) e ao ladrão Malak (Tracey Walter) para escoltar a princesa virgem na busca do chifre que ressuscitará o terrível Deus Dagoth.

Pablo Aluísio.