sexta-feira, 28 de junho de 2024
Onze Homens e um Segredo
Se você não tem ideia ainda do que se trata (o que acho bem difícil), o roteiro mostra um grupo de criminosos que decide roubar um grande cassino em Las Vegas. O plano, como era de se esperar, é simplesmente mirabolante, praticamente uma orquestra bem afinada formada por ladrões. O clima é bem ameno, quase levado às últimas consequências. Nenhum ator do elenco parece levar muito à sério o que acontece, o que é um ponto positivo a mais para o filme. Lançado em 2001 esse remake foi um grande sucesso de bilheteria, se tornando um blockbuster certeiro, mostrando que George Clooney tinha jeito (e sorte) também como produtor de cinema. Como deu origem a várias continuações (todas inferiores) ainda considero esse o melhor dessa nossa safra. Claro, nenhum desses novos filmes conseguiu ser mais legal e bacana do que o de Frank Sinatra e cia, mas no geral também não fez feio. É acima de tudo uma diversão bem-vinda ao estilo soft, tudo bem descompromissado.
Onze Homens e um Segredo (Ocean's Eleven, Estados Unidos, 2001) Direção: Steven Soderbergh / Roteiro: George Clayton Johnson, Jack Golden Russell / Elenco: George Clooney, Brad Pitt, Julia Roberts, Matt Damon, Andy Garcia, Don Cheadle, Casey Affleck, Bernie Mac, Joshua Jackson, Steven Soderbergh / Sinopse: Danny Ocean (George Clooney) decide formar um grupo de especialistas, ladrões de bancos, para um roubo milionário em um dos maiores e mais ricos cassinos de Las Vegas. Filme indicado ao César Awards (França) na categoria de Melhor filme estrangeiro (USA) e ao Art Directors Guild.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 27 de junho de 2024
Indiana Jones e a Última Cruzada
Isso foi deixado de lado e assim Sean Connery se tornou o professor Henry Jones, pai de Indiana, que agora reencontrava o filho na busca de uma das peças arqueológicas mais cobiçadas da história, o chamado Santo Graal, o cálice usado por Jesus Cristo na última ceia. O artefato estava há muitos séculos desaparecido, sendo a última citação de sua existência escrita como parte da história dos lendários cavaleiros templários, que dominaram Jerusalém durante as cruzadas. Rezava a lenda que aquele que tomasse do cálice ganharia a vida eterna. Como se sabe a mitologia em torno do Graal, das cruzadas e dos cavaleiros templários é extremamente rica o que trouxe um material fantástico para Lucas e os demais roteiristas que de fato fizeram um excelente trabalho. Pontuando tudo ainda havia o complicado relacionamento entre pai e filho (que rendeu ótimas e divertidas cenas). De quebra o filme ainda trazia uma ótima seqüência com o jovem Indiana Jones (interpretado pelo saudoso astro River Phoenix). Revisto hoje em dia o filme não envelheceu, continua tão charmoso como na época de seu lançamento e mostra que aventuras bem escritas resistem muito bem ao tempo, tal como o próprio Santo Graal.
Indiana Jones e a Última Cruzada (Indiana Jones and the Last Crusade, Estados Unidos, 1989) Direção: Steven Spielberg / Roteiro: Jeffrey Boam, George Lucas / Elenco: Harrison Ford, Sean Connery, Denholm Elliott, River Phoenix / Sinopse: Indiana Jones (Harrison Ford) e seu pai Henry Jones (Sean Connery) partem em busca do chamado Santo Graal, o mitológico cálice sagrado que teria sido usado por Jesus Cristo na última ceia.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 26 de junho de 2024
Vingança Violenta
Título Original: Forced Vengeance
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: James Fargo
Roteiro: Franklin Thompson, James Fargo
Elenco: Chuck Norris, Mary Louise Weller, Camila Griggs
Sinopse:
Chuck Norris interpreta Josh Randall, um americano que trabalha em um cassino de Hong Kong. Ele tem uma grande amizade com o dono do estabelecimento e se sente impelido a agir depois que esse começa a ser intimidado por um grupo criminoso que tenciona comprar o estabelecimento de qualquer jeito. Quando seu patrão e seu filho são mortos por isso, Randall não vê outra saída a não ser partir para a vingança sem limites, uma vez que a quadrilha agora elege como novo alvo a única filha do dono do cassino assassinado.
Comentários:
Um filme de Chuck Norris na MGM poucos meses antes de assinar com a Cannon, onde iria realizar seus filmes mais conhecidos e lembrados. A tônica dessa produção americana é bem clara: tentar repetir o êxito dos filmes de artes marciais de Hong Kong, fitas produzidas em série que faziam grande sucesso no mercado oriental e que contavam também com um grande grupo de fãs dentro dos Estados Unidos. O roteiro por essa razão seguia os passos do que era realizado no extremo oriente, geralmente explorando o enredo de alguém bom de briga que partia para uma vingança de cunho pessoal. Norris assim se mostrava o ator ideal para o papel, pois era um campeão reconhecido nos EUA desde os anos 70 quando chegou a contracenar com o grande ídolo do gênero Bruce Lee. Curiosamente o filme não tem tantos exageros como na fase Braddock de Norris, preferindo não seguir um estilo tão over como nas tradicionais fitas de kung fu. Mesmo assim se você gosta do estilo não se preocupe, pois há várias sequências muito boas de artes marciais. Um excelente programa, com muita diversão para os fãs de Chuck Norris e seu estilo macho de fazer cinema.
Pablo Aluísio.
sábado, 22 de junho de 2024
Hurricane - O Furacão
Título Original: The Hurricane
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Norman Jewison
Roteiro: Sam Chaiton
Elenco: Denzel Washington, Rod Steiger, Vicellous Reon Shannon, Deborah Kara Unger
Sinopse:
Rubin Carter (Denzel Washington) é um jovem negro americano que sonha em se tornar um campeão do boxe em seu país. Quando as coisas começam a dar certo em sua carreira ele é injustamente acusado pela morte de homens brancos em sua cidade natal. Levado a julgamento é condenado a uma dura e cruel pena de prisão. Baseado em fatos reais, com roteiro escrito a partir das memórias de Carter. Indicado ao Oscar de Melhor Ator (Denzel Washington). Vencedor do Globo de Ouro na categoria Melhor Ator (Denzel Washington) e indicado a Melhor Direção (Norman Jewison).
Comentários:
Ontem comentei aqui sobre o filme "Em Nome do Pai", uma produção baseada em fatos reais que contava a história de um homem que ficou por longos anos encarcerado sem ter qualquer culpa nos crimes que lhe imputavam. Pois bem, por uma dessas coincidências do destino ontem faleceu Rubin "Hurricane" Carter, outro personagem que sofreu na pele a injustiça de ser acusado e condenado por um crime que não cometeu. No caso de Carter a situação foi ainda pior pois há como um ingrediente fundamental em sua condenação o racismo, tão forte e presente ainda nos dias de hoje nos Estados Unidos, apesar de todos os esforços para mudar a mentalidade de certos setores daquela sociedade. Esse é um daqueles roteiros viscerais que todo grande ator sonha um dia cair em seu colo. Para Denzel Washington foi uma graça receber o convite para interpretar Hurricane. Afinal sua vida, repleta de momentos dramáticos e terríveis, era de fato um prato cheio para abocanhar uma grande quantidade de prêmios. De fato Denzel incorpora de forma brilhante o personagem, mudando seu modo de ser e até mesmo seu visual - ele fez um tratamento especial para mudar a textura de seu próprio cabelo. Obviamente a crítica se derreteu em elogios e Denzel foi merecidamente premiado no Globo de Ouro, chegando no Oscar como franco favorito ao prêmio mas... por uma dessas ironias dos deuses do cinema ele não conseguiu vencer! Bom, se o argumento de "Hurricane - O Furacão" era sobre injustiça então o fato de não ter levado seu Oscar acabou sendo mais do que conveniente à história que contava. A vida imitando a arte! De uma forma ou outra não deixe de assistir esse drama maravilhoso que mostra como pode ser cruel os mecanismos e meandros do sistema judiciário quando se perde os mais preciosos valores em seus julgamentos.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 19 de junho de 2024
Gamer
Esse é o tipo de produto que se consome em cinemas de shopping center. Tudo muito rápido, ágil, ultra acelerado. Não é bem um filme mas sim um fast food. A edição corre a mil e o roteiro foi escrito por e para fãs de videogame... pena que o conteúdo é zero! Eu na verdade já tinha assistido esse filme antes. Seu nome é "The Running Man - O Sobrevivente". O argumento é o mesmo, a única diferença é que algumas coisas foram acrescentadas nesse remake disfarçado, como por exemplo, o fato das pessoas que estão lutando na arena desse reality show violento são na verdade controladas por gamers, jogadores de video game. Curioso mas um deles é retratado como um gordo glutão que tem como avatar no jogo uma loira sensual (que na verdade é a esposa do personagem de Gerard Butler no filme). Esse aliás está mais inexpressivo do que nunca, eu nunca o considerei um bom ator mas aqui ele está bem pior do que costume! Totalmente sem expressão em cena.
Do elenco do filme aliás só destaco Michael C. Hall (ele mesmo, o Dexter do famoso seriado). Fazendo um vilão baseado nesses milionários da internet ao estilo Bill Gates, Hall consegue fazer milagre em um papel bem rasinho, sem expressividade. O filme é curtinho, quase um média metragem (uma hora e vinte de duração), o que é um alívio já que não há mesmo muita estória para contar. A dupla de diretores nunca fez nada de muito relevante e parecem pensar entender o que os jovens querem ver no cinema atualmente - pouco conteúdo, muita pirotecnia e enredos de games. Para não dizer que desgostei de tudo vou terminar essa resenha elogiando a edição (não poderia ser diferente numa produção como essa) e a trilha sonora que adapta velhas canções com arranjos mais modernos. Enfim é isso. Se você é fã de games pode até vir a se divertir, caso contrário não, definitivamente não vai gostar!
Gamer (Gamer, Estados Unidos, 2009) Direção: Direção: Mark Neveldine, Brian Taylor / Roteiro: Mark Neveldine, Brian Taylor / Elenco: Gerard Butler, Michael C. Hall, Ludacris / Sinopse: Em um futuro violento competidores entram em um reality show aonde são dirigidos por jogadores de videogames.
Pablo Aluísio.
sábado, 15 de junho de 2024
Blue Bloods - Terceira Temporada
sexta-feira, 14 de junho de 2024
A Família Stallone
quinta-feira, 13 de junho de 2024
O Acordo
Encarcerado ele tem duas opções. Ou entrega outros traficantes e assim diminui sua pena ou então encara no mínimo dez anos de cadeia. O problema é que ele não conhece outros criminosos pois só tinha contato com Graig. Para ajudar na situação de seu filho, Dwayne resolve tomar uma atitude radical: ele mesmo decide procurar por traficantes da área para em um acordo com a promotoria diminuir o tempo de prisão de seu filho. Através de um ex-detento que trabalha em sua firma ele entra em contato com uma gangue de criminosos que entende ser uma boa opção traficar as drogas através dos caminhões da empresa de Johnson. A partir daí os acontecimentos tomam rumos inesperados. Uma das melhores coisas desse “O Acordo” é sua tentativa de sempre manter os pés no chão. O personagem de “The Rock” não é um super-herói de ação que sai matando um exército de bandidos de uma vez só. Pelo contrário, é um pai de família que entra em um negócio sujo para livrar seu filho de uma longa pena, uma vez que provavelmente não sobreviverá à dura realidade da cadeia. O filme tem um ótimo elenco de apoio, com destaque para a sempre excelente Susan Sarandon e um clima de tensão e medo que abrilhanta ainda mais o resultado final. É sem dúvida um filme bem acima da média das produções atuais do gênero.
O Acordo (Snitch, Estados Unidos, 2013) Direção: Ric Roman Waugh / Roteiro: Ric Roman Waugh, Justin Haythe / Elenco: Dwayne Johnson, Nadine Velazquez, Jon Bernthal, Susan Sarandon, J.D. Pardo, Harold Perrineau, Michael Kenneth Williams, Benjamin Bratt, Barry Pepper / Sinopse: Para livrar o filho de uma longa pena por tráfico de drogas um pai desesperado entra em acordo com a promotoria federal. Ele se infiltrará dentro de uma rede de traficantes locais em troca de redução da pena de seu filho.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 5 de junho de 2024
Caos
Há dois eventos que definirão toda a estória. A primeira acaba sendo o estopim de tudo o que acontecerá em cena. Conners e seu parceiro acabam cometendo um erro numa ponte durante uma forte chuva. Há uma refém e um criminoso apontando a arma em sua direção. Como sair dessa armadilha? Um dos policiais perde o controle e atira. A refém é morta. Depois o sequestrador também é baleado. Os dois detetives são afastados. Um deles é expulso, mas o personagem de Statham consegue ficar no departamento de polícia, ainda que afastado e suspenso por tempo indeterminado. O segundo evento crucial do filme surge quando um banco é assaltado, todos os criminosos são liderados pelo frio e calculista Lorenz (Snipes). Ele parece conhecer muito bem a forma como Conners (Statham) trabalha e por isso o chama para servir como negociador. Mas afinal o que haveria por trás de todo esse suposto crime? O grande mérito desse roteiro inteligente é a reviravolta que acontece nos 10 minutos finais. Talvez você não pegue todas as pistas que vão sendo deixadas pelo caminho. Melhor assim. Uma das grandes graças de se assistir a filmes como esse é justamente se surpreender com o desenrolar dos fatos. Nesse aspecto o diretor Tony Giglio se saiu excepcionalmente bem. E Jason Statham é aquele tipo de ator que sempre vale a pena conferir seus filmes.
Caos (Chaos, Estados Unidos, Inglaterra, 2005) Estúdio: Sony Pictures / Direção: Tony Giglio / Roteiro: Tony Giglio / Elenco: Jason Statham, Ryan Phillippe, Wesley Snipes, Jessica Steen / Sinopse: Policial veterano com parceiro novato precisa lidar com a inexperiência do jovem policial, ao mesmo tempo em que tanta colocar um perigoso criminoso que está solto atrás das grades.
Pablo Aluísio.
sábado, 1 de junho de 2024
Caçada Mortal
Título Original: A Walk Among the Tombstones
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Cross Creek Pictures
Direção: Scott Frank
Roteiro: Scott Frank, Lawrence Block
Elenco: Liam Neeson, Dan Stevens, David Harbour
Sinopse:
Matt Scudder (Liam Neeson) é um ex-policial que é procurado por um traficante de drogas desesperado após sua esposa ter sido sequestrada e morta por bandidos, mesmo após o pagamento do resgate. Trabalhando como detetive particular, Matt inicialmente reluta em aceitar o serviço, mas depois que a mulher é encontrada morta em pedaços no cemitério da cidade resolve ir atrás dos assassinos. Suas pistas acabam o levando a uma dupla de psicopatas insanos, que defendem um estranho senso de justiça próprio.
Comentários:
Pelo visto Liam Neeson deixou definitivamente o perfil mais artístico de sua carreira de lado para se aprofundar cada vez mais em fitas policiais ou de ação como essa. Nesse "Caçada Mortal" ele volta ao gênero que tem lhe proporcionado boas bilheterias ao redor do mundo. Seu personagem é um policial em crise, um sujeito que nunca se perdoou após ter matado acidentalmente uma garotinha de sete anos numa troca de tiros com uns delinquentes juvenis. A morte da menina acaba o levando a uma forte crise existencial que o faz inclusive a abandonar seu próprio distintivo, largando uma promissora carreira policial. Agora ele vive como detetive particular, trabalhando praticamente como um mercenário. Seu mais novo cliente é um traficante de drogas que lhe paga uma boa soma para que ele encontre os sequestradores responsáveis pela morte de sua esposa. Claro que no meio do caminho o ex-tira terá que ir até os piores becos da cidade em busca de informações. Nesse caminho acaba fazendo uma curiosa amizade com um jovem negro que tem como sonho também se tornar detetive particular como ele. Devo dizer que esse "A Walk Among the Tombstones" é um bom filme policial, valorizado por um certo clima opressivo, com uma fotografia escura e deprimente que captou muito bem o inferno astral do protagonista. Existem algumas apelações no roteiro, mas nada que comprometa o resultado como um todo. Neeson, que cultiva na vida real uma personalidade torturada e depressiva (causada pela morte precoce de sua esposa) cai como uma luva no papel. Um filme angustiante, mas também muito bem realizado. Vale o ingresso.
Pablo Aluísio.